- Tem vezes que as coisas na
vida são e devem ser milimetricamente calculadas. E quando assim são, baby, não
dá pra trocar o certo pelo incerto, correndo o risco de ver todo o esforço
esvaindo-se em pelo chão imundo...Desculpe-me por falar assim, por estar
jogando as palavras, mas você não pode entender, e acho melhor...
Ele não continuou e o
silencio permaneceu.
- Eu não tenho culpa, você
tampouco, ninguém tem. É só que...
- a gente não se completa?
- é, talvez seja isso. Ou talvez
os nossos caminhos sejam simplesmente opostos.
- caminhos?
Ela nunca entendia. E não
seria agora que ele iria explicar. Faltava paciência e amor também.
- Sabe, às vezes, a gente
tem que olhar o passado de uma forma bonita, para não estragar o que aconteceu,
e pra não colecionar rancor no coração. A história foi bonita, mas precisa de
um ponto final. E precisamos ser maduros o suficiente para pô-lo, ao invés de
ficar tentando reconstruir uma história que já aconteceu.
- mas é que dói...
- eu sei o quanto. Eu também
sinto, mas vai ser melhor assim.
Nem tudo foi dito, e também
não precisava. ela não o entenderia, e passado precisava de um fim.