sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pesada realidade.

 Pedaços nossos estavam espalhados pelo chão,
enquanto o silêncio dominava.
Era a ausência de confiança,
era a doença, era a loucura.
Perdemo-nos na sua insanidade,
você gritava e eu,
eu mantinha a paciência,
atrelada à conveniência, a nossa máscara.

“Ei, mundo, está tudo bem!”
E enquanto mantínhamos
a aparência da perfeição,
a gente ruía e morria aos pouquinhos.
era tão surreal que a solução
não era pra já.
Outra vida, quem sabe então?
Talvez a gente se encontre, talvez não.
Poderia tudo dar certo, ou também não.

Agora era eu, você, nossos filhos,
E por eles (talvez) mascarávamos a insatisfação,
o suicídio paulatino,
a infelicidade em combustão.
Havia os que fingiam, aplaudiam até
a nossa encenação.
A gente levava a vida de um jeito
que pesava, mas ia.
Pedaços nossos ficavam no chão.