Por quê, humano miserável, não te contentas com o que tens?
Devaneando...
domingo, 9 de dezembro de 2012
O incansável drama de querer sempre mais
É que quando você alcança aquela estrela brilhante, que está bem lá em cima, no topo da montanha, você se esquece de todos os hematomas que colecionou durante toda a escalada; de todo o suor, de toda a dor derramada pelo caminho; da essência que se perdera com a ambição; e de todo o peso conteudesco que carregara, e passa a almejar, miseravelmente e ambiciosamente, a outra, maior e mais brilhante estrela do céu. Esta, há algumas milhas distantes da outra...
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Superficializar
Gostaria que fosse mais profundo e intenso...
gostaria que estivéssemos falando de amor.
não estávamos.
não estamos.
Estamos aqui para superficializar a vida.
puxa uma cadeira e senta que é aqui mesmo,
numa mesa de bar, que discutiremos
o que foi, quando, quem deu e quem viu.
Os meus dramas permanecem guardados
e o seus medos, apesar de transparecerem no olhar, também.
superficializando sempre.
a vantagem de estarmos anestesiados...
é que se transbordar todo esse sentimento guardado
a gente não precisa lembrar.
e amanhã iremos no máximo nos cumprimentar,
fingindo superficializar.
sábado, 5 de maio de 2012
"Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?"
Fernando Pessoa
daqui.
Ele soubera há muito aquilo que eu, você, nós relutamos em acreditar.
Já que a falta de gente coexistível insiste em perdurar,
Nos falta agora criar.
Fernando Pessoa me traduzindo desde 1888. rs
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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Desejos em tópicos:
- Sair correndo desesperadamente como se não houvesse o amanhã, sem mala e sem vergonha na cara;
- Embarcar num avião sem destino;
- Deitar sobre flores coloridas em um campo enorme e contemplar o céu por dias;
- Poder xingar em alto e bom som pessoas que não merecem meu respeito pra lavar a alma que anda encardida nos últimos tempos;
- Passar uma temporada (bem longa) distante da rotina, da família, dos amigos e etc. e que não tenha telefone/internet, que é pra acumular bastante saudade, que ultimamente anda em falta, só que não;
- Contornar e abafar meu orgulho e correr atrás de pessoas que ficaram perdidas no tempo;
- Comer um pote de sorvete de chocolate e mais um monte de guloseimas coloridas sem culpa na consciência;
- Não ter sono pra poder ver o dia virar noite, a noite virar dia, o dia noite, a noite dia...
- Acho que só, por enquanto.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Pesada realidade.
enquanto o
silêncio dominava.
Era a ausência
de confiança,
era a
doença, era a loucura.
Perdemo-nos
na sua insanidade,
você gritava
e eu,
eu mantinha
a paciência,
atrelada à conveniência, a nossa máscara.
“Ei, mundo,
está tudo bem!”
E enquanto mantínhamos
a aparência
da perfeição,
a gente ruía
e morria aos pouquinhos.
era tão
surreal que a solução
não era pra
já.
Outra vida,
quem sabe então?
Talvez a
gente se encontre, talvez não.
Poderia tudo
dar certo, ou também não.
Agora era
eu, você, nossos filhos,
E por eles
(talvez) mascarávamos a insatisfação,
o suicídio paulatino,
a
infelicidade em combustão.
Havia os que
fingiam, aplaudiam até
a nossa
encenação.
A gente
levava a vida de um jeito
que pesava,
mas ia.
Pedaços
nossos ficavam no chão.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Faxina nostálgica.
É quase que uma regra geral: todo mundo tira a primeira
semana de férias, pra fazer aquela faxina no quarto, este que já está tão saturado
de velharias e poeira que nem você se encontra mais no meio de tanta bagunça.
É, quando nem a gente se encontra mais, aí é porque a situação está mesmo
critica. Afinal uma coisa é a mãe arrancar os cabelos por não encontrar nada na
nossa bagunça, e outra bem diferente é o fato de nós mesmo não nos encontrarmos
nela. Aquele papo de bagunça organizada que você conhece bem.
Bom, o fato é que, eu estava fazendo essa minha arrumação e
meu Deus, como que a gente pode guardar tanta coisa inútil em pouquíssimos
metros quadrados? Era tanto papel, tantas sacolas de universidades [é, este é o
problema de ir naquelas feiras de estudante, você volta pra casa abarrotado de
brindes, sendo 20% canetas, 79% papeis/revistas e 1% de outras coisas] no final
da contas você percebe que não vale à pena. Bom pelo menos papéis são
recicláveis, o que significa que essa minha faxina me rendeu um pontinhos nessa
nova era sustentável e coisa e tal, já que toda a papelada a eu levei pra
reciclar. [orgulho..haha]
Mas, apesar da bagunça, dó pó e outros inconvenientes o bom
de uma faxina é que você acaba encontrando coisas que desencadeiam aquela
nostalgia gostosa, sabe? Eu por exemplo, achei meus gibis *--* Foi tão bom
reencontrá-los. Eu, particularmente, amavaaaa os gibis da turma da Mônica, e
isso me lembra a minha melhor amiga da infância [Alice], que ainda é minha
grande amiga queridíssima, e foi a responsável em despertar esse meu interesse por gibis, na
época em que eu era apenas uma pirralha, ai que saudades... Falando nessa minha
amiga, eu encontrei ainda um cartão postal dela, e que eu nem sabia da
existência, pra vocês terem idéia da relíquia. Gente, deve ser coisa da 3ª ou
4ª série... a long, long time ago.
Os meu favoritos! *----*
O cartal postal relíquia que eu falei! awn *-* [amiga, sinto saudades desse nosso tempo! te amo viu.]
É claro que reencontrar essas coisas todas foi maravilhoso,
mas não estava nos planos, e isso acabou atrasando todo o meu planejamento de
fazer essa tal faxina em apenas um dia, porque convenhamos, apesar do lado bom,
existem coisas melhores para se fazer nas férias... Aí a coisa foi se
prolongando e no segundo deu aquela preguiça, e aí já viu né [é, eu tenho essa
mania de começar a fazer um zilhão de coisas e deixar tudo pela metade, eu sei,
é terrível, mas não sei ser diferente... juro que estou tentando] o que me
deixa feliz é que enfim terminei [palmas \o/]. Agora respiro ar limpo e meu
quarto está incrivelmente organizado. ;O
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
E eu juro que estou trabalhando para uma melhora. tentando juntar cacos pontiagudos, amarrando pontas soltas, desamassando derrotas e procurando em algum canto misterioso um sorriso de ponta a ponta, pra meter na cara e mostrar pro mundo que está tudo bem.
tudo porque eu descobri que o pior de tudo, é decepcionar-se consigo mesmo.
I'm going back to the start. =(
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