quarta-feira, 24 de novembro de 2010

I don't have.

Tenho um sonho bonito,
Tenho amores preservados,
Tenho amizades eternas,
Tenho esperanças.

Tenho um ódio que nem sabia,
Uma raiva que brota assim,
Um grito engasgado,
Uma voz abafada.

Tenho um medo infinito,
Uma dor incurável,
Um sorriso tímido,
Um desejo guardado.

Tenho tudo sempre.
Tenho um pouco às vezes.
Tem dia que tenho só medo e
Tem dias que só a esperança e alegria, cabem em mim.

Tenho vontade,
De ti, de nós, de mim.
Tenho tanta,
Tanta coisa guardada em meu ser...

Mas entre tudo que tenho,
De que me vale?
Se o que eu quero,
Está tão longe de mim… 


Dizem que só tenho o que preciso. Será?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Acontece.

Sem a intenção, mas ainda assim um Desabafo:

Eu tenho a leve sensação de que o mundo é um lugar muito mais sujo e errado do que o que eu já esperava. Acho que agora a é hora de me afogar em litros de álcool, assim como todos fazem quando a conclusão final é assim, nada animadora. OK. É exatamente o que eu vou fazer, e com direito à ponte - porque abismo eu não conheço nenhum além daquele no qual eu vivo - e também as últimas declarações.

Não, não é um dia ruim.  Nem um desabafo depressivo, é só uma constatação. Meu mundo podre desabou.  Já tava mais do que na hora também. Os pilares que o sustentava estavam velhos e desgastados, uns pareciam ser vigas maciças, mas não, eram todas ocas, e foram as primeiras a se emborracharem no chão. Eu até tentei segurar algumas, mas a força humana inútil não foi suficiente.
Ai, quanto desespero ver tudo se reduzindo a pó. O clássico filme já começara a passar na cabeça – sim, sim, é sempre assim. “Tanto esforço para tudo acabar assim. Quanta injustiça. Que farei agora?” Tanto blá, blá, blá. Não foi diferente comigo. Tudo igualzinho como dizem por aí.

- Er, por favor, tem como me ver mais uma dose?!

Desculpe, onde e estava? Ahh sim, meu mundo se reduziu a pó.  O fim era previsível, mas...sei lá, finais felizes são mais esperados.  Sabe, nem todos os pilares caíram.  Acho que estes vão ficar lá, por muito tempo ainda. Só que, já não há mais a cobertura superior e a gotas de chuva furiosas chegam à minha face com força. A imensidão vazia me causa angustia.  Sem saber pra que lado seguir, sem saber o que ouvir, de quem ouvir, meu interior se desespera e a pressão é maior do que antes fora.  Ai, quanta coisa anda acontecendo, minha cabeça ta ficando pesada, a visão turva, uma tontura estranha...não sei se agüento mais...

Porém, comigo é diferente. Não vai ser igualzinho não. Meio desconexo néh?! Até agora foi...(?) Acontece que EU já sei como (re)construir meu mundo. Eu sei. Eu sei. Acredite em mim! Vai ser assim, tijolinho por tijolinho....

- Ta, ta. Eu acredito. Eu espero que você se lembre disso quando estiver sóbrio. Por ora, acho que já ta na hora de ir...  Vamos, apóie-se no meu ombro, ei cuidado...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Amarga confiança.

O amargo do café quente desceu na garganta rasgando. Um gole só.

Uma sensação estranhíssima de derrota. Sem desespero, mas um ardor profundo e doentio. Assim, do nada e por tudo, múltiplos impulsos invadiram todas as células nervosas que por pouco não colapsaram. Uh! Foi quase hein?!
Run, quase. Quase? É, quase. Aquilo que foi e não chegou. Que subiu e perdeu-se sem conhecer o topo. Aquilo lá, que não foi e nem deixou de ser. Complexo? É, como tudo!

A quentura já provocara gotas de suor na face. Queimara a língua e causara um mal estar esquisito. Rá, mas depois da garganta, a confiança se evidenciara na tacada firme ao colocar a xícara sobre a mesa e sussurrava...

Açúcar é para os fracos. Assim como conveniências e facilidades. Ajudas, agrados e elogios também. É meu bem, parece que o seu feito não foi tão grande assim. Ou vai me dizer que pensara que fora o único a engolir na fúria a amargura deste café?! É, acho que um dia pensara...

Que terrível ser digno de dó, pena, compaixão ou piedade. Assustador.
Se não quiser esta dignidade, então grite, ouse, segure a intolerância entre os dedos, mantenha a impaciência nas costas e ande. Com os próprios pés. Fale, com a própria voz, e com o alfabeto que te pertence. Faça. Beba o próprio café. O seu café. aquele amargo  e quente.  Mereça!

Alívio. Amargo, mas desceu!

Espera, acabou o café?

Acabou a confiança?  

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

“Oh, she’s only seventeen.”



É, é o meu dia. Não que eu me sinta diferente por ter um ano a mais, mas é sempre revigorante. É dia para fazer planos, relembrar momentos bons,  comemorar, sair, sorrir, cantar, dançar, desejar e....brindar à vida!
Ultimamente tenho desejado muitas coisas. Muitas coisas mesmo...nem sei se mereço desejar tanto...mas, hoje estive pensando e resolvi pedir uma coisa só neste meu dia. Não. Na verdade foi o que eu pensei. Mas como eu nunca estou satisfeita resolvi pedir duas. Rsrs
Primeiro quero paz. Não pra mim, apenas, ou parar minha família...mas para todos, para o mundo. Acho que tem muita gente necessitando de um pouco de paz... Outra coisa que anda faltando é a tal felicidade. Sim, eu desejo que a vidas de todos seja repleta e muita, muita felicidade.
Enfim, estou em paz comigo, e preparada para tudo...e é por isso que estou aqui, fazendo pedidos para o bem de todos, à não sei quem.
17. Quem diria. Tantas coisas. Tantas mudanças. Tantos acontecimentos.  Tantas reclamações. Tantas indignações. Tantos desejos. Tantos sonhos. Tantas pessoas. Nossa, tantos...17 anos bem vividos repletos de escolhas muito, mas muito bem feitas.

Paz e felicidade para nós.